Data: 12-06-2012
Criterio:
Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Hydrocotyle exigua é uma espécie herbácea e que ocorre em campos de Mata Atlântica nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No entanto, a ficha da espécie apresenta apenas um registro para o Paraná. Assim sendo, a incerteza sobre a verdadeira ocorrência da espécie torna inadequada sua categorização em algum risco de extinção, sendo desta forma "Deficiente de Dados" (DD).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Hydrocotyle exigua (Urb.) Malme;
Família: Araliaceae
Sinônimos:
Descrita em Ark. Bot. 3(13): 5. 1904.
Possui propriedades medicinais (Corrêa; Pirani, 2005).
Hydrocotyle exigua foi reportada em uma parcela de 1 m², com valor de cobertura de 50% e índice de valor de importância de 0,24 na Lagoa do Armazém, município de Osório, Estado do Rio Grande do Sul (Boldrini et al., 2008).
Ocorre nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fiaschi, 2012).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A área total de Campos no sul do Brasil era 18 milhões de ha, ao passo que em 1996 a área estava em 13,7 milhões de ha (i.e. 23,7% da área total dessa região), sendo 10,5 milhões ha no Rio Grande do Sul (área total: 28,2 milhões ha), 1,8 milhão ha em Santa Catarina (área total: 9,6 milhões ha) e 1,4 milhão ha no Paraná (área total: 20 milhões ha). Um decréscimo de 25% da área total dos campos naturais ocorreu nos últimos 30 anos devido a uma forte expansão das atividades agrícolas. Houve um aumento significativo na produção de milho, soja e trigo, o que se deu às custas dos campos naturais, além da produção de arroz. Atualmente os três Estados da região Sul do Brasil produzem 60% do arroz no Brasil. O cultivo de árvores exóticas tem recebido muitos incentivos, tanto das indústrias privadas quanto do governo, para a produção de celulose principalmente. Particularmente nos campos do Planalto Sul-Brasileiro, áreas que antes eram utilizadas com a pecuária foram transformadas em plantações de Pinus sp. de grandes extensões, essas densas monoculturas não permitem o crescimento de plantas no sub-bosque, o que agrava significativamente os danos causados por esta atividade. Na região sul do Rio Grande do Sul também há a pressão exercida pelo plantio de Eucalyptus sp., também levando à perda de espécies campestres. A intensificação dos sistemas de produção pecuária tem levado ao aumento na área de pastagens cultivadas. Apesar da alta produtividade e potencial forrageiro de muitas espécies nativas, elas não são exploradas comercialmente e as pastagens cultivadas são produzidas principalmente com espécies exóticas. Outra forte ameaça é o sobrepastejo, que possui conseqüências negativas para a cobertura do solo, facilitando a degradação em regiões com condições de solos vulneráveis, acelerando o processo de erosão. Apenas 453km² dos Campos Sulinos estão protegidos em Unidades de Conservação de proteção integral, o que equivale a menos de 0,5% da área total desta formação vegetal. A maior parte deste percentual está nos mosaicos de Campos e floresta com Araucária, nos Parques Nacionais dos Aparados da Serra, da Serra Geral e de São Joaquim (norte do RS e SC) (Overbeck et al., 2009).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
O ecossistema Restinga está seriamenteameaçado ao longo de toda a costa brasileira, devido à forte pressão antrópicacausada pela pecuária, agricultura, desenvolvimento urbano, e turismo. Apenaspoucas áreas deste ecossistema estão protegidos (precariamente), e açõesurgentes são necessárias a fim de assegurar a conservação desse importante(Delprete, 2000).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada como "Vulnerável" (VU) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
- BOLDRINI, I.I.; TREVISAN, R.; SCHNEIDER, A.A. Estudo florístico e fitossociológico de uma área às margens da lagoa do Armazém, Osório, Rio Grande do Sul, Brasil., Revista Brasileira de Biociências, p.355-367, 2008.
- FIASCHI, P. Hydrocotyle exigua in Hydrocotyle (Araliaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB005118>. Acesso em: 10/05/2012.
- OVERBECK, G.E.; MÜLLER, S.C.; FIDELIS, A. ET AL. Os Campos Sulinos: um bioma negligenciado. In: PILLAR, V.P.; MÜLLER, S.C.; CASTILHOS, Z.M.S.; JACQUES, A.V.A. Campos Sulinos: conservação e uso sustentável da biodiversidade. p.26-41, 2009.
- DELPRETE, P.G. Melanopsidium Colla (Rubiaceae, Gardenieae): a monospecific Brazilian genus with a complex nomenclatural history., Brittonia, v.52, p.325-336, 2000.
- CORRÊA, I. P.; PIRANI, J. R. Hydrocotyle (Apiaceae). In: WANDERLEY, M. G. L.; SHEPHERD, G. J.; MELHEN, T. S.; GIULIETTI, A. M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP/Rima, p.11-34, 2005.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
CNCFlora. Hydrocotyle exigua in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Hydrocotyle exigua
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 12/06/2012 - 18:54:09